Na segunda-feira (27), o vereador Antonio Marcos de Abreu (PP), presidente da Câmara Municipal de Tatuí, apresentou requerimento e questiona o secretário estadual Sérgio Sá Leitão (Cultura), sobre as demissões que a OS Sustenidos implementa no Conservatório de Tatuí. O parlamentar justifica “que havia um acordo entre Município de Tatuí, Secretaria de Desenvolvimento Regional e deputados, onde estes destinaram R$ 3 milhões ao orçamento desta Escola, a fim de que isso não ocorresse”.
LEIA MAIS:
Marquinho vai à Câmara de SP para tratar de política e fortalecer Tatuí.
Câmara reforça Banco de Sangue, Assistência Farmacêutica, CIT e GCM com 11 computadores.
Marquinho pede construção de Velório Público para Cemitério São João Batista.
O vereador Antonio Marcos lembra que “lei estadual em 13 de abril de 1951 e fundado oficialmente em 11 de agosto de 1954, o Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos representa uma das mais sérias e bem sucedidas ações no setor cultural no Estado de São Paulo. Com seus 66 anos de formação e difusão cultural, uma das mais respeitadas escolas de música da América Latina, cumpre a missão de formar instrumentistas, cantores, atores e luthiers de prestígio internacional. Seus cursos distintos, todos gratuitos, têm duração média de seis anos, sendo que seus alunos são, invariável, destaques em concursos nacionais e internacionais. Diversos dos principais músicos da atualidade tiveram formação no Conservatório de Tatuí (20% dos músicos da OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – são de Tatuí). A instituição está localizada a 130 kms da Capital e recebe estudantes de São Paulo, de outros 20 Estados brasileiros e de países da América Latina. Ocasionalmente, o Conservatório de Tatuí também recebe alunos para aperfeiçoamento em música brasileira vindos da América do Norte, Europa e até da Ásia”.
Todavia – justifica ainda o presidente da Câmara – as informações apuradas pela mídia e que constam do contrato de gestão da Sustenidos, firmado com esta Secretaria até 2025, “são preocupantes, considerando que as medidas previstas (demissões, extinções dos cargos de monitor, fechamento de cursos das artes cênicas e dos cursos da área de choro e até o fechamento do Polo de São José do Rio Pardo) afetam não apenas a comunidade local. Da forma em que está, elas representam um risco iminente à cultura do País, pois desconsideram a importância e a posição de excelência do Conservatório de Tatuí no cenário mundial. Recentemente noticiado e materializado pelo Jornal Integração de Tatuí, há todo o enredo do acordo realizado entre Estado, Município, Deputado Federal Samuel Moreira e Deputada Estadual Damaris Moura, que aparenta não estar sendo cumprido pela entidade gestora”.
REPERCUSSÃO DAS DEMISSÕES
Dia 20 de setembro, o vereador Antonio Marcos de Abreu, presidente da Câmara Municipal, denunciou na tribuna da Câmara, o rompimento do acordo entre a Sustenidos e Prefeitura. Quando esta OS assumiu a gestão da escola de música, reunião com o secretário estadual Marcos Vinholi (Planejamento), com a participação da prefeita Maria José Vieira de Camargo, já falecida, da deputada Damaris Moura (PSDB) e Luiz Gonzaga Vieira de Camargo, assessor do deputado federal Samuel Moreira (PSDB), garantia a permanência de 70 funcionários que devem ser demitidos e que consta da proposta vencedora da licitação para gerir a escola de música tatuiana. Nesta sessão, o presidente afirma que a Sustenidos rompeu o acordo com a Prefeitura e demitiu Carlos (arquivista musical), Preto (supervisor de programação visual, com 33 anos na escola), Fernanda (assistente de Secretaria Escolar), Higino (porteiro), Lucilene (assistente social), Sarah (Compras), André (assistente de produção), Thiago (gerente jurídico), Wilson (RH) e Ésio (RH). Outro requerimento apresentado pelo presidente da Câmara, na sessão do dia 20 de setembro, questiona a OS sobre os projetos desenvolvidos pelo Conservatório, como o Pró-Bandas, Coreto Paulista, Festival de Campos do Jordão e conferências internacionais realizadas na escola. Estes projetos culturais e outros, como a Orquestra Sinfônica Paulista, mantinham um nível de excelência no ensino musical do Conservatório, e leva a cidade a ser cognominada como “Capital da Música”.
Fonte: Jornal Integração.