Matéria do Jornal O Progresso de Tatuí, edição do dia 17 de março de 2013.
A postura que teria sido adotada por funcionários do Pronto-Socorro Municipal “Erasmo Peixoto” em um episódio particular gerou indignação por parte do vereador Márcio Antonio de Camargo (Márcio do Santa Rita), expressada na sessão ordinária da Câmara Municipal.
O parlamentar ocupou a tribuna livre para reclamar do modo como alguns dos servidores “tratam a população”. Márcio passou a palavra a Dione Batista, ao falar sobre a situação da Saúde. Conforme ele, esse serviço público em Tatuí apresenta “bastante dificuldade”
Marquinho da Santa Casa, fala sobre a situação Pronto Socorro e de um repasse do SUS “parado” na Secretaria de Saúde.
Ainda durante os pronunciamentos de cinco minutos, O vereador Marquinho da Santa Casa falou sobre anotações que fez durante a reunião que os parlamentares tiveram com o secretário municipal da Saúde, José Luiz Barusso.
Segundo ele, o responsável pela pasta deveria melhorar o atendimento nas UBSs (unidades básicas de saúde) se quisesse desafogar o pronto-socorro.
Marquinho afirmou que o ambulatório fica sobrecarregado porque as UBSs oferecem atendimento complicado em relação às consultas.
“Elas não estão suprindo a necessidade da população. O que eu falo não é uma crítica aos funcionários, mas falo para dar uma solução para o problema”, argumentou.
De acordo com ele, o número de pessoas no pronto-socorro diminuiria se a Prefeitura mantivesse, em cada UBS, um médico para fazer pronto-atendimento. “Fica um médico só fazendo pronto-atendimento e outro só atendendo com consulta agendada”, sugeriu.
“Deixo a ideia para o secretário, para que haja dessa maneira, porque vir aqui e falar que o PS está cheio de gente, é claro que está. Agora, eu pergunto: por que será? Não são as UBSs que não estão funcionando?”, questionou.
Repasse do SUS
Marquinho também disse que ficou indignado com a demora do secretário municipal da Saúde em retornar documento para a Santa Casa. De acordo com ele, o hospital depende da assinatura do responsável pela pasta (a título de ciência e não de autorização) para que a administração possa solicitar empréstimo.
Conforme Marquinho, a Santa Casa solicitou empréstimo consignado do SUS (Sistema Único de Saúde) no valor de R$ 400 mil. Segundo ele, a operação financeira será paga pelo hospital e não pela Prefeitura. Entretanto, como o recurso vem via ministério, o secretário municipal teria de assinar o documento.
“O secretário está com o papel do banco, para assinar, desde o dia 12 de março. Isso é uma injustiça muito grande, porque quem vai pagar é a Santa Casa e não a secretaria. Quem vai sofrer com isso é a população de Tatuí. Então, gostaria que ele revisse essa situação”, disse o vereador.
Abreu afirmou que o empréstimo é necessário por conta do déficit do hospital. Ele voltou a falar que o hospital recebe repasse menor, do SUS, pelos atendimentos prestados. “A Santa Casa está precisando desse recurso. Eu mostro a minha indignação com relação a isso”, anunciou o parlamentar.