Tatuí não possui divisão do Instituto Médico Legal desde 2000
A partir do requerimento 171/23, aprovado na sessão ordinária de segunda-feira, 13, na Câmara Municipal, os parlamentares reiniciaram as discussões sobre eventual retorno do IML (Instituto Médico Legal) a Tatuí.
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Apresentado por Antonio Marcos de Abreu (PSDB), o documento endereçado a Tarcísio de Freitas, governador do estado de São Paulo, pergunta sobre a possibilidade de a cidade ser beneficiada com a instalação de um posto do instituto. Em caso de impossibilidade, a matéria aponta a criação de uma sala como alternativa.
A meta é “agilizar e humanizar” o atendimento prestado aos tatuianos e familiares de pessoas que venham a óbito, viabilizando atendimento exclusivo às mulheres e crianças que sofrem violência, principalmente as sexuais.
Tatuí possuía uma unidade do IML havia décadas, porém, desativada em 2000. Atual vice-presidente do Poder Legislativo, Abreu lembrou que, desde o primeiro mandato, em 2013, vem realizando cobranças para a reabertura da unidade, tendo oficializado pedidos a autoridades municipais e estaduais.
Com a desativação, as vítimas de Tatuí passaram a ser transferidas para Itapetininga. Segundo Abreu, a medida dificultou o atendimento em particular aos finais de semana e feriados, uma vez que a unidade da cidade vizinha não opera nessas ocasiões.
De acordo com o vereador, quando os abusos ocorrem nesses períodos, as vítimas são aconselhadas a permanecer sem tomar banho até o próximo dia útil para a realização dos exames. “Isso é inconcebível”, ressalta.
Outra questão levantada por Abreu diz respeito à liberação de corpos para velamento. Ainda que a unidade de Itapetininga fique a 30 minutos de Tatuí, ele argumenta que o trâmite pode se transformar em “martírio” para as famílias, já que o processo pode demorar. “São horas ou dias de espera agonizante”, completa.
Ainda conforme o vereador, o quadro atual é “inconcebível”, pois contraria o princípio da dignidade da pessoa humana, presente na Constituição Federal”. “A volta do IML é essencialmente estratégica e ajudaria em muito a população não só de Tatuí, mas da região”, acrescenta.
Fonte: O Progresso de Tatuí.